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tepoztlÁn, morelos, mÉxico | 19 - 26 de julho de 2023
convocação
Formulário de seleção 2023
Data-limite para propostas: 15 de janeiro de 2023
Os sistemas de colonização, exploração, cidadania e exclusão produzem respostas que foram codificadas como fugitividade e quilombismo. Essas práticas de alteridade e liberdade buscam fugir da a força e a violência, mas também convidam a novas formas de inclusão e constituição de lugar. A abolição –de sistemas policiais, prisões, fronteiras nacionais e formas privilegiadas de cidadania– constitui um desafio para formas arraigadas de Estado e abre possibilidades para outros imaginários. Em seu décimo oitavo ano, o Instituto Tepoztlán convida seus participantes a refletir sobre fugitividade, quilombismo/cimarronaje e abolição em suas muitas formas no passado, presente e futuro. Como essas práticas de liberdade foram imaginadas, vividas, desafiadas, estendidas e reinventadas nas Américas desde o período colonial até o presente?
Existe uma longa história de fugitividade e quilombismo nas Américas. Os primeiros quilombolas no hemisfério foram grupos indígenas que escaparam do sistema de encomenda, escravidão e formas relacionadas de violência e subordinação espanhola durante o início do período colonial. As práticas indígenas de fuga e afirmação de autonomia continuaram ao longo dos períodos coloniais e nacionais. Dos quilombos do Brasil e dos palenques da Colômbia, Panamá, México, Peru e Caribe hispânico, às sociedades quilombolas da Jamaica, Suriname e Estados Unidos, os africanos escravizados também se engajaram em formas estratégicas de fuga e quilombismo. Embora essas práticas sejam regularmente de retraimento, não são de separação total: a história da fugitividade e do quilombismo é também uma história das relações entre negros e indígenas. As ações organizacionais contemporâneas de negros, indígenas, latinos, feministas e queer contra a violência e vigilância do Estado e em busca de autodeterminação estética, social, política e territorial conferem a esses conceitos relevância contemporânea de maneiras palpáveis. Fugitividade e quilombismo têm sido fundamentais na visualização da a liberdade no passado, presente e futuro.
Assim como a fugitividade e o quilombismo, o abolicionismo vai além do desmantelamento de instituições opressoras – é também uma construção de autonomia e alternativas que tornam essas instituições opressoras obsoletas. Nos últimos anos, diversos movimentos e sequencias de lutas fizeram com que o abolicionismo prevalecesse entre as tendências políticas dominantes. Muitos ativistas, críticos e acadêmicos formularam a abolição de prisões, polícia, fronteiras e cidadania, bem como outras instituições opressoras, como uma extensão da luta que levou às abolições díspares da escravidão nas Américas no século XIX. A longa história de fugitividade e quilombismo também tem sido usada para considerar as possibilidades de escapar e resistir a sistemas de dominação e extração sob o capitalismo racial, expropriação indígena e racismo anti-negro. O abolicionismo é um dos vários conceitos importantes que têm sido usados nas Américas para imaginar diferentes formas de libertação. Encorajamos intervenções que visualizam formações alternativas de liberdade, incluindo, mas não se limitando a movimentos autônomos, anti-extrativismo, migratórios, trabalhistas, feministas, queer e anarquistas. Em conjunto, fugitividade, quilombismo, abolição e ideias relacionadas, chamam nossa atenção para políticas e práticas heterogêneas pelas quais outro mundo pode ser construído a partir ou dentro das ruínas do presente.
Convidamos a produção de reflexões que abordem os conceitos de fugitividade, quilombismo e abolição, bem como seus vínculos, a partir de diversas disciplinas, regiões, comunidades e temporalidades. Antecipamos conversas que cruzam abordagens acadêmicas de estudos indígenas, afrodescendentes e de racialização (Estudos Negros), escravização, estudos latinx e de fronteira, bem como teorias queer e feministas. Algumas perguntas podem incluir: A fugitividade e o quilombismo se aplicam ao momento presente? Eles foram substituídos por novos conceitos? Quais são os limites do uso da ideia de abolição no contexto atual? O que deve ser deixado para trás ou abolido e o que pode ser resgatado ou repensado para algum propósito? Como os atores históricos e culturais navegaram nas tensões entre estratégias de fugitividade ou fuga, a inclusão e o reconhecimento? Como os conceitos de fugitividade, quilombismo e abolição nos ajudam a desafiar ou reimaginar noções herdadas de resistência, liberdade, libertação, entre outras? Como a produção cultural e a representação das relações entre negros, indígenas e latinos nos estudos de fugitividade, quilombismo e abolição escapam aos limites das formações disciplinares do conhecimento? Que tipos de produções culturais, pensamento especulativo e ativismos são facilitados ou exigidos pela fugitividade, Quilombismo e abolicionismo? Como os diversos movimentos podem se beneficiar de um amplo diálogo com os hemisférios cruzados sobre essas questões?
Acadêmicos, ativistas e artistas podem abordar qualquer período histórico, e as abordagens podem vir de amplos e variados campos de estudo, incluindo, mas não limitando-se, a história, literatura, estudos culturais, estudos de mídia, arte, história da arte, filosofia, raça e estudos de etnicidade, antropologia e estudos de gênero e sexualidade.
Data-limite para propostas: 15 de janeiro de 2023
Os sistemas de colonização, exploração, cidadania e exclusão produzem respostas que foram codificadas como fugitividade e quilombismo. Essas práticas de alteridade e liberdade buscam fugir da a força e a violência, mas também convidam a novas formas de inclusão e constituição de lugar. A abolição –de sistemas policiais, prisões, fronteiras nacionais e formas privilegiadas de cidadania– constitui um desafio para formas arraigadas de Estado e abre possibilidades para outros imaginários. Em seu décimo oitavo ano, o Instituto Tepoztlán convida seus participantes a refletir sobre fugitividade, quilombismo/cimarronaje e abolição em suas muitas formas no passado, presente e futuro. Como essas práticas de liberdade foram imaginadas, vividas, desafiadas, estendidas e reinventadas nas Américas desde o período colonial até o presente?
Existe uma longa história de fugitividade e quilombismo nas Américas. Os primeiros quilombolas no hemisfério foram grupos indígenas que escaparam do sistema de encomenda, escravidão e formas relacionadas de violência e subordinação espanhola durante o início do período colonial. As práticas indígenas de fuga e afirmação de autonomia continuaram ao longo dos períodos coloniais e nacionais. Dos quilombos do Brasil e dos palenques da Colômbia, Panamá, México, Peru e Caribe hispânico, às sociedades quilombolas da Jamaica, Suriname e Estados Unidos, os africanos escravizados também se engajaram em formas estratégicas de fuga e quilombismo. Embora essas práticas sejam regularmente de retraimento, não são de separação total: a história da fugitividade e do quilombismo é também uma história das relações entre negros e indígenas. As ações organizacionais contemporâneas de negros, indígenas, latinos, feministas e queer contra a violência e vigilância do Estado e em busca de autodeterminação estética, social, política e territorial conferem a esses conceitos relevância contemporânea de maneiras palpáveis. Fugitividade e quilombismo têm sido fundamentais na visualização da a liberdade no passado, presente e futuro.
Assim como a fugitividade e o quilombismo, o abolicionismo vai além do desmantelamento de instituições opressoras – é também uma construção de autonomia e alternativas que tornam essas instituições opressoras obsoletas. Nos últimos anos, diversos movimentos e sequencias de lutas fizeram com que o abolicionismo prevalecesse entre as tendências políticas dominantes. Muitos ativistas, críticos e acadêmicos formularam a abolição de prisões, polícia, fronteiras e cidadania, bem como outras instituições opressoras, como uma extensão da luta que levou às abolições díspares da escravidão nas Américas no século XIX. A longa história de fugitividade e quilombismo também tem sido usada para considerar as possibilidades de escapar e resistir a sistemas de dominação e extração sob o capitalismo racial, expropriação indígena e racismo anti-negro. O abolicionismo é um dos vários conceitos importantes que têm sido usados nas Américas para imaginar diferentes formas de libertação. Encorajamos intervenções que visualizam formações alternativas de liberdade, incluindo, mas não se limitando a movimentos autônomos, anti-extrativismo, migratórios, trabalhistas, feministas, queer e anarquistas. Em conjunto, fugitividade, quilombismo, abolição e ideias relacionadas, chamam nossa atenção para políticas e práticas heterogêneas pelas quais outro mundo pode ser construído a partir ou dentro das ruínas do presente.
Convidamos a produção de reflexões que abordem os conceitos de fugitividade, quilombismo e abolição, bem como seus vínculos, a partir de diversas disciplinas, regiões, comunidades e temporalidades. Antecipamos conversas que cruzam abordagens acadêmicas de estudos indígenas, afrodescendentes e de racialização (Estudos Negros), escravização, estudos latinx e de fronteira, bem como teorias queer e feministas. Algumas perguntas podem incluir: A fugitividade e o quilombismo se aplicam ao momento presente? Eles foram substituídos por novos conceitos? Quais são os limites do uso da ideia de abolição no contexto atual? O que deve ser deixado para trás ou abolido e o que pode ser resgatado ou repensado para algum propósito? Como os atores históricos e culturais navegaram nas tensões entre estratégias de fugitividade ou fuga, a inclusão e o reconhecimento? Como os conceitos de fugitividade, quilombismo e abolição nos ajudam a desafiar ou reimaginar noções herdadas de resistência, liberdade, libertação, entre outras? Como a produção cultural e a representação das relações entre negros, indígenas e latinos nos estudos de fugitividade, quilombismo e abolição escapam aos limites das formações disciplinares do conhecimento? Que tipos de produções culturais, pensamento especulativo e ativismos são facilitados ou exigidos pela fugitividade, Quilombismo e abolicionismo? Como os diversos movimentos podem se beneficiar de um amplo diálogo com os hemisférios cruzados sobre essas questões?
Acadêmicos, ativistas e artistas podem abordar qualquer período histórico, e as abordagens podem vir de amplos e variados campos de estudo, incluindo, mas não limitando-se, a história, literatura, estudos culturais, estudos de mídia, arte, história da arte, filosofia, raça e estudos de etnicidade, antropologia e estudos de gênero e sexualidade.
alÉm dos temas mencionados, outros tÓpicos potenciais se podem incluir:
● Histórias de escravidão e emancipação.
● Coalizões negras, indígenas y latinxs.
● Políticas, autonomia e soberania indígenas e afro, incluindo fuga, rejeição e reconhecimiento.
● Feminismos abolicionistas.
● Migração, detenção e deportação.
● Asilos e santuários.
● Fugitividade e patriarcado.
● Práticas e teorias anarquistas.
● Captura e fuga de/para os arquivos.
● O Direito e a historia legal (jurídica).
● Quilombismo queer.
● Democracias abolicionistas.
● Geografías abolicionistas.
● Especulação/imaginação como prática abolicionista.
● As políticas de vigilância e abolição da polícia.
● Infraestrutura para mundos abolicionistas.
● Pensamento/ciência/epistemologia fugitiva.
● Escravidão e acumulação primitiva.
● Quilombismo e economias ilícitas, alternativas e informais.
● Lutas ecológicas e territoriais.
O prazo de inscrição é 15 de janeiro de 2023. Para mais informações, consulte nosso portal electrônico (www.tepoztlaninstitute.org) ou escreva para tepoinstitute@gmail.com.
● Coalizões negras, indígenas y latinxs.
● Políticas, autonomia e soberania indígenas e afro, incluindo fuga, rejeição e reconhecimiento.
● Feminismos abolicionistas.
● Migração, detenção e deportação.
● Asilos e santuários.
● Fugitividade e patriarcado.
● Práticas e teorias anarquistas.
● Captura e fuga de/para os arquivos.
● O Direito e a historia legal (jurídica).
● Quilombismo queer.
● Democracias abolicionistas.
● Geografías abolicionistas.
● Especulação/imaginação como prática abolicionista.
● As políticas de vigilância e abolição da polícia.
● Infraestrutura para mundos abolicionistas.
● Pensamento/ciência/epistemologia fugitiva.
● Escravidão e acumulação primitiva.
● Quilombismo e economias ilícitas, alternativas e informais.
● Lutas ecológicas e territoriais.
O prazo de inscrição é 15 de janeiro de 2023. Para mais informações, consulte nosso portal electrônico (www.tepoztlaninstitute.org) ou escreva para tepoinstitute@gmail.com.